Apresentação de TCC na UNCISAL tem capítulo do livro 'Sorriso de Plantão: 21 anos de história' como tema

Em sua apresentação de TCC, Letícia Rodrigues, conhecida como Dra Pulinhos, compartilhou sua experiência transformadora com a palhaçoterapia. Ao refletir sobre seu envolvimento no projeto, ela expressou: "O palhaço encontra na sua vulnerabilidade, um motivo para fazer rir".
Apresentação de TCC na UNCISAL tem capítulo do livro 'Sorriso de Plantão: 21 anos de história' como tema
Por: Marcela Barros

Na manhã desta terça-feira, dia 26 de março, foi realizada a apresentação de TCC de Letícia Rodrigues, acadêmica de medicina, orientada pela coordenadora do Projeto Maria Rosa, cujo trabalho foi o capítulo 6 do livro "Sorriso de Plantão: 21 anos de História", publicado no início de 2024. O capítulo, intitulado "Dra Pulinhos - Acolhendo a si para acolher o outro", apresenta uma análise profunda sobre o movimento da palhaçoterapia e seu impacto no ambiente hospitalar e na formação acadêmica.

A banca examinadora, composta por Claudio Soriano, médico pediatra e orientador do projeto, e Débora Santana, terapeuta ocupacional e integrante do projeto, enriqueceu significativamente a avalição do trabalho apresentado, trazendo um feedback positivo que contribuirá para a formação acadêmica e profissional da estudante. 

Dividido em três partes distintas, o trabalho explora como a personagem Dra Pulinhos ganhou vida, os desafios enfrentados no processo, como o grupo “inimigos do ritmo" criado pelos palhaços atuantes no Hospital Universitário Alberto Antunes (HUPAA) trouxe eficácia para palhaçoterapia com adultos, além de destacar como a participação no projeto promoveu uma mudança pessoal significativa na vida da protagonista.

Durante sua apresentação, Letícia discutiu sobre o poder transformador que o palhaço possui, capaz de romper com as estruturas rígidas da universidade e do hospital, promovendo não apenas uma mudança no ambiente hospitalar, mas também uma ampliação na formação acadêmica dos envolvidos. Ela enfatizou a importância do desenvolvimento pessoal proporcionado pelo projeto, tornando os participantes mais atentos e empáticos.

Uma das reflexões mais marcantes do trabalho foi a comparação entre a visão tradicional da saúde, que muitas vezes limita os pacientes à doença que possuem, e a abordagem do palhaço, que enxerga o indivíduo como um ser biopsicossocial completo. Em suas próprias palavras: 

"O projeto me fez sentir uma empatia que não me paralisava, mas me impulsionava a tentar contornar a situação de sofrimento do indivíduo hospitalizado".

A apresentação de Letícia foi não apenas uma conclusão acadêmica, mas também um convite à reflexão sobre o papel do palhaço no ambiente hospitalar e na sociedade em geral, destacando a importância de abordagens mais humanizadas e integrativas no cuidado com a saúde.